DELFIM DE GUIMARÃES

O nosso tio Delfim tem sido um pouco esquecido pelas "autoridades" que tratam da gestão do nosso património literário. No catálogo colectivo da BN, ainda hoje está "absorvido" por um outro Delfim, conhecido portuense, que assinava sem "de", tal como o nosso tio fazia inicialmente. Pelos vistos não lhe serviu de nada, para evitar confusões e por respeito para com outro autor, ter incluído a partícula. Esperemos que um dia o lamentável erro seja corrigido, não por se tratar do nosso tio mas sim por ser um autor português. E nada há de pior para um autor que o desrespeito pelo seu nome e pela sua obra. Consultem-se os dicionários de Ilídio Rocha ou de Perdigão e corrija-se de uma vez por todas o erro; não é assim tão complicado…

Não tenho, com grande pena minha nenhum exemplar da sua obra. Há tempos apareceu uma, não me recordo qual, no catálogo de um alfarrabista. Infelizmente, quando o procurei, já tinha sido vendido. É bom sinal, para mal dos meus pecados que perdi uma oportunidade. Outras surgirão com toda a certeza. Entretanto, se alguém souber de algum alfarrábio onde exista um exemplar não deixe de “postar” (leia-se agora, partilhar) a informação neste espaço.

Mudando de assunto, ou melhor, não mudando, seria interessante que no nosso encontro marcado para a Primavera em Guimarães (não pensem que a coisa está a cair no esquecimento) seria interessante, sem dúvida também uma bonita e simples homenagem, que alguém levasse as obras do tio Delfim para as dar a conhecer sobretudo às gerações mais novas. Que acham?

Um abraço